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Hemovítreo

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Hemovítreo

O que é?

O hemovítreo, ou hemorragia do vítreo, é uma entidade relativamente frequente e uma causa importante de diminuição súbita e indolor da visão. Consiste na presença de sangue no vítreo – o gel transparente que preenche a cavidade do olho e permite a passagem de luz até a retina.
As pessoas com hemovítreo queixam-se de perda de visão súbita e indolor que se mantém no tempo, podendo referir a presença de miodesópsias – “moscas volantes” ou “teias de aranha” no campo visual -, um sombreamento ou uma sombra vermelha no campo visual ou mesmo perda total da visão.

Qual é a causa?

As 3 causas mais frequentes são: 1) retinopatia diabética proliferativa (uma forma avançada de diabetes ocular); 2) descolamento posterior do vítreo com ou sem rasgadura da retina; 3) trauma ocular. Existem outras causas possíveis, nomeadamente doenças vasculares da retina, traumatismos cranianos ou doenças da coagulação do sangue.
O sangue no vítreo forma coágulos rapidamente e depois é reabsorvido lentamente. Logo, a recuperação de visão é lenta, ao longo de semanas.

Como pode ser evitado?

A prevenção do hemovítreo é dirigida sobretudo as causas subjacentes. O controlo da diabetes e hipertensão, a avaliação períodica em consulta de oftalmologia com observação do fundo ocular (principalmente nos doentes diabéticos), e o uso de óculos de proteção quando se realizam tarefas que possam causar trauma ocular (uso de martelos, armas de fogo, desportos como o padel e squash) são exemplos de formas de prevenir a hemorragia do vítreo.

Qual é o tratamento?

O tratamento do hemovítreo depende sobretudo da causa subjacente e de ser possível observar a retina e verificar que esta está saudável.
Quando existe uma causa identificada para a hemorragia e é possível ver a retina sem lesões agudas, é possível esperar um período de algumas semanas até à reabsorção da mesma. Quando a causa do hemovítreo é desconhecida, não é possível verificar o correto posicionamento da retina ou o sangue coagulado não desaparece ao final de 4 a 6 semanas, está indicado o tratamento cirúrgico, com vitrectomia via pars plana.