O descolamento posterior do vítreo corresponde à separação entre o vítreo – um “gel” transparente que preenche o olho – na sua face posterior e a retina – o tecido nervoso no fundo do olho responsável pela captação de luz e criação de imagem no cérebro.
Este evento, que muitas vezes se inicia de forma súbita, causa alguns fenómenos visuais, como as miodesópsias – o aparecimento de imagens acizentadas tipo “mosca”, “cabelos” ou “teia de aranha” a flutuar no nosso campo visual – e as fotópsias – flashes de luz que por vezes surgem com os movimentos oculares.
(Imagem de miodesópsias: Eye Floaters: Am I Imagining Worms Floating in my Vision? (lsceye.sg))
Isoladamente, o descolamento posterior do vítreo não coloca em risco a visão. No entanto, por vezes este processo está associado ao aparecimento de lesões na retina, as rasgaduras de retina. Por esse motivo é importante consultar um oftalmologista nesta situação.
Qual é a causa?
O descolamento posterior do vítreo surge devido ao processo de liquefação e perda de elasticidade e volume do vítreo natural com a idade. Ele é mais frequente em pessoas com miopia e no caso de haver doenças inflamatórias do olho. Existem também algumas situações que o podem despoletar, como um traumatismo da cabeça.
Como pode ser evitado?
Não existe nenhum tratamento preventivo para o descolamento posterior do vítreo, uma vez que na maioria dos casos ocorre por um processo natural. Após o aparecimento do descolamento posterior do vítreo, durante pelo menos 15 dias, deve ser evitado esforços físicos ou movimentos bruscos da cabeça, por forma a prevenir o aparecimento de rasgaduras de retina.
Qual é o tratamento?
Na maioria dos casos, o descolamento posterior do vítreo exige apenas repouso e vigilância dos sintomas, devendo haver um acompanhamento por oftalmologista. Em alguns casos, particularmente se aparecerem lesões na retina, este fenómeno pode exigir tratamento com laser ou cirurgia ocular.