O edema macular diabéticoé uma manifestação da Diabetes Mellitus na retina – o tecido nervoso responsável pela criação de imagem no olho. Afeta especificamente a mácula, a área central da retina responsável pela visão de “alta-definição”, que nos permite ler, reconhecer rostos,etc. Estima-se que o edema macular diabético afete cerca de 25-30% dos diabéticos tipo 1 e tipo 2 ao fim de 10 anos de doença. A frequência aumenta quando a Diabetes está mal controlada.
As pessoas com edema macular diabético podem ser assintomáticos, ou ter sintomas como diminuição da visão, metamorfópsia (imagem “distorcida”), alteração da percepção das cores e dificuldades na leitura.
Qual é a causa?
À semelhança do que acontece noutros órgãos (cérebro, coração, rins), a Diabetes Mellitus causa lesão dos “microvasos”, nomeadamente os capilares. Na mácula, os microvasos disfuncionais permitem a saída de plasma e componentes do sangue que se vão acumular na retina, alterando a sua estrutura e funcionamento. A presença prolongada destas substâncias nas camadas da retina acaba por causar danos irreversíveis a longo prazo.
Os fatores de risco associados ao aparecimento de edema macular diabético são: diagnóstico de Diabetes há vários anos (o risco aumenta com os número de anos de doença); mau controlo da Diabetes Mellitus (que se traduz muitas vezes em valores de HbA1c mais elevados nas análises sanguíneas); Hipertensão arterial; Dislipidémia (colesterol elevado).
Como pode ser evitado?
A prevenção do edema macular diabético faz-se controlando adequadamente a Diabetes Mellitus, com medicamentos e alimentação adequada. O controlo da Hipertensão arterial e o colesterol também são fatores importantes. Na consulta de oftalmologia é possível fazer o rastreio e identificar os sinais precoces de doença ocular.
Qual é o tratamento?
O tratamento do edema macular diabético passa, antes de mais, pelo controlo rigoroso da diabetes, hipertensão e colesterol. A alteração da alimentação, exercício físico e perda de peso são fundamentais e por vezes suficientes para reverter as lesões da retina.
Quando há necessidade de tratamento, este é feito primariamente com injeções intra-oculares de fármacos anti-VEGF ou corticosteróides. Este tratamento pode ser combinado com laser para otimização. Nos casos mais graves pode ser necessário recorrer à cirurgia – vitrectomia.