O síndrome de tração vitreomacular (TVM) consiste numa adesão anormal do vítreo na mácula quando ocorre um descolamento posterior do vítreo – o “gel” transparente que preenche o olho. Esta adesão vai provocar alterações na mácula – a zona central da retina, o tecido nervoso fundamental na visão central. Esta alteração da estrutura celular pode não causa sintomas ou pode causar alterações da visão, como visão enevoada, metamorfopsia – distorção da visão central –, escotoma central de visão – uma “mancha” escura na zona central do campo visual ou micropsia – objetos parecem “mais pequenos” no olho afetado.
O síndrome TVM pode evoluir ao longo do tempo, podendo progredir para buraco macular, ou aparecer associado a membrana epirretiniana.
Qual é a causa?
Existem 3 condições para o aparecimento de um síndrome TVM: 1) descolamento posterior do vítreo incompleto; 2) aderência anormalmente forte entre a hialóide posterior (a camada envolvente do vítreo) e a mácula; 3) força de tração anteroposterior, que “puxa” a retina e altera a sua estrutura celular.
As pessoas com retinopatia e maculopatia diabética, degenerescência macular ligada a idade e outras doenças da mácula têm mais risco de desenvolver este síndrome.
Como pode ser evitado?
Não existe nenhuma forma de prevenir o aparecimento do síndrome TVM. Após o diagnóstico, é importante a automonitorização das alterações de visão (com Grelha de Amsler, por exemplo) e o seguimento regular em consulta de oftalmologia.
Qual é o tratamento?
Por vezes o síndrome de TVM pode não requerer nenhum tratamento específico, uma vez que cerca de 30% dos casos podem resolver espontaneamente.
Quando o síndrome TVM causa mais sintomas e não resolve, pode haver necessidade de tratamento cirúrgico, sendo o mais comum a vitrectomia via pars plana.